sábado, 28 de fevereiro de 2015

duelos



duelos

mais uma batalha, mais um desafiante vencido.
a multidão, entusiasmada, saúda minha vitória. não me sinto bem com isso, eles fazem parecer que é fácil, um dom.
não se atentam, ou não querem se atentar, às derrotas que me endureceram e me forjaram...

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

o estilete


eu sempre ando com um estilete.
eu gosto da sensação de poder...
é importante para o desenhista poder acertar o traço conforme sua vontade.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

mais uma de liberdade


- vocês estão mal acostumados - diz a mosca -, se viciaram em liberdade.
e continua:
- confundiram liberdade de escolha com liberdade.
- eu estava com fome. e esse papo-cabeça me fez doer a cabeça - completa a aranha -. também fiz minhas escolhas...

pra pedalar



quando eu chamo pra pedalar
e você acha que é desses passeios
só pra se cansar,

talvez fosse hora de olhar direito,
pensar na bike de um outro jeito:

sem sair da cidade,
num pedal de hora e meia,
dá pra ir a nárnia, ou terebinthia,
ou qualquer outro mundo
que te ajuda a recarregar a bateria
pra essa labuta lascada do dia-a-dia.

mas não nego: tem muito suor
e muito se cansar. é a tática
de cansar o corpo
pra libertar a mente.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

avante, eorlingas!


eu termino de descaracterizar a foto original e pergunto pro vi:

- e aí, você lembra do forte da trombeta, no abismo de helm? tinha um exército de orcs e eles queriam invadir o forte...

a primeira reação foi de descrédito. seu semblante dizia: "você sabe que não foi assim que aconteceu". mas aí os olhinhos brilharam, dava pra ver a cabecinha entrando na história:

- aí eu fazia as flechas? as minhas flechas?! e atirava com o arco?

- aham... - explico - e você teve que defender o castelo, senão os orcs iam tomar rohan.

e de repente, ele já estava viajando por conta própria na história que eu tinha começado...

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

vidas passadas



vidas passadas...

eu já fui água do ar
condensada num copo de cerveja.

e chuva-surpresa que estraga
a balada da sexta.

hoje... hoje sou a água
que escorre na pele morena.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

momentos



momentos

ela captura um momento de diversão com os amigos.
a rede atesta o quanto tem sido feliz. milhares de fotos comprovam isso.
só falta uma coisa para a felicidade plena: acreditar que é tudo verdade. mas esses momentos fabricados não têm ajudado.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

like a stone

like a stone, do audioslave. essa música é muito linda. e triste pra caralho. mas não deixa de ser linda.


um calô de dá buço

passa por mim falando ao celular. gatinha...
ela só fica mais charmosa com o sotaque nordestino:
- é, aqui também. tá um calô... de dá buço!
droga, precisava mesmo conhecer essa mulher... que horas vai largar esse fone?

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

contemplação



acredite, esse lugar existe. em são paulo. =]

críticos


críticos

um grande crítico musical
(não gosta de funk).
não suporta as música do carnaval
(leva ao pé da letra o "pular carnaval").
nos últimos três anos,
leu dois livros de auto-ajuda-conhecimento.
nenhum até o fim.

sábado, 14 de fevereiro de 2015

casarão



casarão

num tempo em que
amam coisas como se fossem pessoas,
e usam pessoas como se fossem coisas...

...uma coisa destoa
na paisagem de pedra.

assim, encontrar alguém
que ache tempo
para fazer coisa nenhuma é,
talvez, desconcertante.

nestes tempos, ela pensa,
ninguém tem tempo pro tempo.

o tempo, por outro lado,
arranja tempo pra todo mundo.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

360 graus


o plantador de limões

o plantador de limões (ou o criador de caraminholas)

escrivinhada (escrita + desenhada) de uma tacada só, ao som de audioslave, arctic monkeys e muse (modo repeat). destaque para like a stone e show me how to live.



domingo, 1 de fevereiro de 2015

o ponto

o ponto

no princípio era o nada. incomensurável. definitivo. e ridículo...
até que veio uma ideia de pronto.
o nada, do nada, criou um ponto.
olhando de perto, um ponto meio tonto.
chacoalhou a vida vazia do nada.
deixou tudo meio bagunçado e torto.
- ei, nada,desculpe se te desaponto...
- mas é assim que te completo: sou seu contraponto.

conserto


aquele momento engraçado
em que você se dá conta
que o que sobrou do que foi
desmontado e remontado
dava pra montar outro...