segunda-feira, 24 de novembro de 2014

aprendizado: intuição

sem o apoio de trailer, crítica ou sinopse, cheguei na bilheteria querendo evitar qualquer filme que falasse de guerra, aventuras, explosões ou emoções extremas... enfim, nada de histórias de amor. meio difícil de adivinhar só pelo título. a próxima sessão era a das oito, o que me dava quase três horas para ficarmos sozinhos eu e meus pensamentos. não era um bom dia pra isso, mas não podia ser diferente.

achei uma mesa vazia num bar próximo. sentei e pedi o de sempre: cachaça. logo comecei a me incomodar, como se alguém sinistro me observasse. não achei ninguém...

uma ou sete doses depois, a sensação de estar sendo observado permanecia, mais forte que nunca. e se tem alguma coisa que eu aprendi nesses anos todos, é que a gente tem que aprender a confiar na intuição. meticulosamente, sondei o ambiente em busca do sinistro. até que o encontrei: na sacada, do outro lado da rua. de terno cinza, camisa e gravata brancas, chapéu escuro. e aquela máscara que não sinalizava nenhuma boa intenção. merda! lá estava ele, imóvel e me encarando, com um braço esticado se apoiando na parede. que estranho...

de fato, a figura era estranha porque era só um manequim.

se tem outra coisa que aprendi com tudo isso, é que há momentos em que a gente deve confiar na intuição e há momentos que não. agora, precisava aprender a diferenciar um momento do outro...

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